Diferenças de género no raciocínio e no autoconceito em alunos com talento académico

Autores

  • Lúcia C. Miranda Instituto Superior de Educação e Trabalho & CIEd, Portugal
  • Leandro S. Almeida Universidade do Minho, Braga, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.32870/talincrea.vi3.142

Palavras-chave:

Diferenças de género; Talento académico; Raciocínio; Autoconceito.

Resumo

Na literatura constata-se que não são conclusivos os estudos efetuados acerca das diferenças entre rapazes e raparigas na realização de provas que avaliam as diversas variáveis psicológicas. Para além de eventuais dificuldades resultantes do tipo de testes utilizados, é também questionado as amostras consideradas nos estudos. No caso concreto deste estudo, a amostra é constituída por um grupo de 135 alunos academicamente talentosos do 5º ano de escolaridade (71 rapazes e 64 raparigas), com um rendimento académico situado no percentil 80, e analisam-se eventuais diferenças de género em provas de raciocínio e autoconceito. Nas provas de raciocínio, nenhuma diferença tem significado estatístico, sendo na prova de raciocínio numérico que ocorre a diferença mais elevada e é favorável às alunas. Nas dimensões do auto conceito observa-se uma diferença com significado estatístico na dimensão de ansiedade, mostrando as alunas níveis mais moderados de ansiedade ou a sua melhor gestão. Sendo frequentes tais diferenças quando se consideram amostras heterogéneas de alunos, os resultados deste estudo apontam para uma não diferenciação dos desempenhos e das autoavaliações dos alunos segundo o género quando se consideram os alunos com elevado rendimento académico.

Publicado

2015-10-30

Edição

Seção

Artículos